segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Vantagens e Desvantagens da utilização do RFID

A principal vantagem do uso de sistemas RFID é realizar a leitura sem o contato e sem a necessidade de uma visualização direta do leitor com o Tag. É possível, por exemplo, colocar a RF Tag dentro de um produto e realizar a leitura sem ter que desempacotá-lo, ou, por exemplo, aplicar o Tag em uma superfície que será posteriormente coberta de tinta ou graxa. O tempo de resposta é baixíssimo menor que 100 ms, tornando-se uma boa solução para processos produtivos onde se deseja capturar as informações com o Tag em movimento. O custo da RF Tag apresentou uma queda significativa nos últimos anos, tornando-a viável em alguns projetos onde o custo do produto a ser identificado não é muito alto.

Vantagens do Uso da Identificação por Radiofreqüência

Como vantagens da Tecnologia RFID podemos destacar:

• Capacidade de armazenamento, leitura e envio dos dados para etiquetas ativas;

• Detecção sem necessidade da proximidade da leitora para o reconhecimento dos dados;

• Durabilidade das etiquetas com possibilidade de reutilização;

• Contagens instantâneas de estoque, facilitando os sistemas empresariais de inventário;

• Precisão nas informações de armazenamento e velocidade na expedição;

• Localização dos itens ainda em processos de busca;

• Melhoria no reabastecimento com eliminação de itens faltantes e aqueles com validade vencida;

• Prevenção de roubos e falsificação de mercadorias;

• Coleta de dados de animais ainda no campo;

• Processamento de informações nos abatedouros.

Percebemos que tais vantagens são significativas e que agregam informações aos produtos que antes implicavam em mais tempo para serem obtidas.

Desvantagens do uso da Identificação por Radiofreqüência

Como desvantagens, podemos apresentar os seguintes itens:

• O custo elevado da tecnologia RFID em relação aos sistemas de código de barras é um dos principais obstáculos para o aumento de sua aplicação comercial. Atualmente, uma etiqueta inteligente custa nos EUA cerca de 25 centavos de dólar, na compra de um milhão de chips. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Automação, esse custo sobe para 80 centavos até 1 dólar a unidade;

• O preço final dos produtos, pois a tecnologia não se limita apenas ao microchip anexado ao produto. Por trás da estrutura estão antenas, leitoras, ferramentas de filtragem das informações e sistemas de comunicação;

• O uso em materiais metálicos e condutivos pode afetar o alcance de transmissão das antenas. Como a operação é baseada em campos magnéticos, o metal pode interferir negativamente no desempenho. Entretanto, encapsulamentos especiais podem contornar esse problema fazendo com que automóveis, vagões de trens e contêineres possam ser identificados, resguardadas as limitações com relação às distâncias de leitura. Nesse caso, o alcance das antenas depende da tecnologia e freqüência usadas, podendo variar de poucos centímetros a alguns metros (cerca de 30 metros), dependendo da existência ou não de barreiras;

• A padronização das freqüências utilizadas para que os produtos possam ser lidos por toda a indústria, de maneira uniforme.

• A invasão da privacidade dos consumidores por causa da monitoração das etiquetas coladas nos produtos. Para esses casos existem técnicas, de custo ainda elevado, que bloqueiam a funcionalidade do RFID automaticamente quando o consumidor sai fisicamente de uma loja.

Comparativo do RFID com o Código de Barras

Logo abaixo temos um artigo onde a ACURA Technologies, empresa de tecnologia que faz seus comentários sobre os dois meios de identificação automática.

“A tecnologia de RFID não tem a pretensão de substituir o código de barras em todas as suas aplicações. A RFID deve ser vista como um método adicional de identificação, utilizado em aplicações onde o código de barras e outras tecnologias de identificação não atendam a todas as necessidades. Pode ainda ser usada sozinha ou em conjunto com algum outro método de identificação. Cada tipo de identificação tem suas vantagens, é preciso saber aproveitar os melhores benefícios de cada tecnologia para montar uma solução ideal.”

Os benefícios primários de RFID são: a eliminação de erros de escrita e leitura de dados, coleta de dados de forma mais rápida e automática, redução de processamento de dados e maior segurança. Quanto às vantagens da RFID em relação às outras tecnologias de identificação e coleção de dados, temos: operação segura em ambiente severo (lugares úmidos, molhados, sujos, corrosivos, altas temperaturas, baixas temperaturas, vibração, choques), operação sem contato e sem necessidade campo visual e grande variedade de formatos e tamanhos" (ACURA Technologies Ltd – 2003)


Na tabela 01 temos um comparativo entre RFID e Código de Barras onde podemos identificar as principais características de ambos.


Características

RFID

Código de Barras

Resistência Mecânica

Alta

Baixa

Formatos

Variados

Etiquetas

Exige Contato Visual

Não

Sim

Vida Útil

Alta

Baixa

Possibilidade de Escrita

Sim

Não

Leitura Simultânea

Sim

Não

Dados Armazenados

Alta

Baixa

Funções Adicionais

Sim

Não

Segurança

Alta

Baixa

Custo Inicial

Alto

Baixo

Custo de Manutenção

Baixo

Alto

Reutilização

Sim

Não

Tabela 01 – Comparativa entre o Código de Barras e a RFID·


Neste comparativo observamos que as RFID oferecem diversas vantagens quando comparadas ao código de barras. São superiores na sua substituição, formatos, segurança, manutenção, etc. Podem até mesmo ser reutilizadas.

Aplicações

A tecnologia do RFID vem sendo aplicada em vários setores como os supermercados, que visam agilizar o atendimento nos caixas; nos estoques, para controlar os fluxos de entrada e saída dos produtos, rastreando desde a fabricação até o ponto final de distribuição, além de controlar a produção de acordo com a necessidade; na localização de pessoas, através de pulseiras com o microchip. O potencial de aplicação de sistemas RFID é enorme, tanto no setor da indústria, comercio e serviço onde hajam dados a serem coletados.

As principais áreas de aplicação dos sistemas RFID que atualmente podem ser identificadas são:

  • Transporte e logística
  • Fabricação e processamento
  • Segurança

Uma outra faixa enorme de aplicações está sendo desenvolvida como uso de sistemas de RFID, a saber:

  • Marcação de animal
  • Acompanhamento postal
  • Bagagem de aviões
  • Controle de acesso a veículos
  • Gerenciamento de catracas de estradas
  • Coleta de dados de medições de consumo de energia

O desenvolvimento de novos produtos de RFID, a regulamentação e a redução de custos têm provocado o crescimento de novas aplicações em áreas até então ainda não exploradas.

Aplicações Automotivas

Os dispositivos antifurto para veículos, baseados na tecnologia da radiofreqüência, desenvolvidos em 1993 trouxeram para a indústria automobilística o imobilizador eletrônico, um chip somente de leitura que é empregado como chaveiro, ou inserido na parte plástica da chave do veículo.

Nos veículos em que o chip é instalado, quando o motorista coloca a chave no contato, um micro leitor recebe o código encriptado do chip e a partida só é liberada após a confirmação deste código.

O imobilizador eletrônico permite à indústria automobilística armazenar junto ao código do chip dados sobre quando cada chave foi feita e quantas chaves foram acrescentadas ao sistema. A adição de novas chaves só pode ser realizada com a disponibilização do veículo pelo proprietário, diminuindo o risco para a indústria de seguros.

Aplicação na Saúde

Já é uma realidade o implante da RFID em seres humanos. As microplaquetas de computador, que são do tamanho de um grão do arroz, são projetadas para serem injetadas no tecido do braço. Usando um leitor especial, os médicos e a equipe de funcionários do hospital podem buscar a informação das micro plaquetas, tais como a identidade do paciente, seu tipo do sangue e os detalhes de sua condição, a fim de apressar o tratamento.

Os dispositivos estão sendo aplicados nos pacientes que sofrem da doença de Alzheimer, do diabetes, de doenças cardiovasculares e outras que requerem o tratamento complexo.

Os dados médicos não são armazenados nos dispositivos. As informações são armazenadas em uma base de dados que liga os números de série originais das micro plaquetas com os dados pacientes.

No caso de uma emergência, o chip pode salvar vidas, já que acaba com a necessidade de testes de grupo sangüíneo, alergias ou doenças crônicas, além de fornecer o histórico de medicamentos do paciente. Com isso obtém-se maior agilidade na busca de informações sem a necessidade de localização dos prontuários médicos.

Certificação de Encomendas e Documentos

A tecnologia desenvolvida permite o monitoramento remoto de encomendas e correspondências corporativas, oferecendo maior agilidade e segurança à administração tanto dos fabricantes como das empresas de entrega expressa. A etiqueta padrão é integrada a uma smart label, ou etiqueta inteligente com número serial único, na qual são programadas informações como remetente e receptor, destino final e código de barras. A tecnologia atualiza as etiquetas em trânsito permitindo o redirecionamento das encomendas ou correspondências e os pacotes múltiplos são lidos em alta velocidade, acelerando o processo de distribuição com total confiabilidade. No caso de documentos, os arquivos podem conter parâmetros como data de vencimento, movimentação permitida e pessoas autorizadas a terem acesso aos mesmos. Com estas informações o banco de dados pode construir uma auditoria de manipulação de cada documento que passa a ser facilmente localizado pelos funcionários.

Controle de Acesso de Veículos

Para condomínios residenciais, foram desenvolvidas tags encapsuladas em forma de bastão ou disco com ventosa que são aplicadas ao pára-brisa. Quando o carro se aproxima, o código do chip é enviado a uma antena leitora que abre a garagem.

Nos estacionamentos comerciais esta tecnologia é a mais adequada por reduzir custos operacionais, ter baixo custo, eliminar congestionamentos, permitir o monitoramento do tráfego, da capacidade de atendimento e do tempo de ocupação, além de oferecer informações específicas de cada veículo.

Composição do RFID

Antena

A antena emite um sinal de rádio ativando o RF Tag, realizando a leitura ou escrevendo algo. Na verdade a antena servirá como o meio capaz de fazer o RF Tag trocar ou enviar as informações ao leitor. As antenas são fabricadas em diversos tamanhos e formatos, possuindo configurações e características distintas, cada uma para um tipo de aplicação. Quando a antena, o transceiver e o decodificador estão no mesmo invólucro recebem o nome de “leitor”.


Tranceiver e leitor

Dependendo da potência e da freqüência utilizada, o leitor (através do transceiver) emite freqüências de rádio em diversos sentidos desde centímetros até alguns metros.

É bastante semelhante com o leitor de código de barras em relação a sua funcionalidade, porém não precisa de um campo visual podendo fazer a leitura através de materias como madeira, plástico, cimento e etc.



O Transponder ou RF Tag

Os Transponders (ou RF Tags) estão disponíveis em diversos formatos, tais como cartões, pastilhas, argolas e podem ser encapsulados com materiais como o plástico, vidro, epóxi, etc. Os Tags podem ser Ativos ou Passivos:

Ativos: São alimentados por uma bateria interna e tipicamente são de escrita e leitura, ou seja, pode ser atribuída (re-escrita ou modificada) uma nova informação ao RF Tag. O custo dos RF Tags ativos são maiore

s que o RF Tag passivos, além de possuírem uma vida útil limitada de no máximo 10 anos.

Passivos: Operam sem bateria, sua alimentação é

fornecida pelo próprio leitor através das ondas eletromagnéticas. Os Tags passivos são mais baratos que os ativos e possuem teoricamente uma vida útil ilimitada. Os tags passivos geralmente são do tipo só leitura (read-only), usados para curtas distâncias e requerem um leitor mais completo (com maior potência).



sexta-feira, 30 de março de 2007

Exemplos de sistemas que utilizam a tecnologia RFID

Sistemas que utilizam a tecnologia RFID, assim como o Miron Logistikos - Sistema de Controle Logístico.

1. Hospitais

– Jacobi Medical Center (NY – EUA);
– controle de medicamentos;
– permite aos funcionários dedicar mais tempo no atendimento aos pacientes;
– Outros exemplos: controlar cadeia de suprimentos, cadeiras de rodas, alimentação, etc.

2. Governos – Alemanha

– colocar o sistema em seu novo passaporte (01/11/2005);
– O passaporte será válido por 10 anos e a etiqueta conterá a foto do dono do passaporte e as impressões digitais de seus dedos indicadores esquerdo e direito.

3. Unisys Corp and SupplyScape Corp

– remédios dentro cadeia de suprimentos;
– busca em especial rastrear o produto Oxycontin, um narcótico com grandes efeitos analgésicos, que pode causar dependência (julho 2005);
– esse remédio tem se tornado alvo de muitos viciados, os quais buscam obter receitas falsas.

4. Wall-mart e Levi's

– buscam utilizar a tecnologia no sentido de controlar melhor o estoque;

5. Gillette

– verificar os resultados de suas políticas de marketing e se as datas de entrega estão condizendo com o que foi planejamento;

6. Pesquisas IBM sobre soluções RFID indicam que

– A produtividade em centros de distribuição pode aumentar de 10 a 20%;
– A exatidão de inventário e de entrega alcança 100%;
– A produtividade de lojas de varejo pode aumentar aproximadamente 5% ;
– Na maioria dos casos, esse trabalho pode ser realocado para atividades voltadas para clientes.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Funcionamento de um sistema RFID

As Etiquetas Inteligentes são capazes de armazenar dados enviados por transmissores. Elas respondem a sinais de rádio de um transmissor e enviam de volta informações quanto a sua localização e identificação.

O microchip envia sinais para as antenas, que capturam os dados e os retransmitem para leitoras especiais, passando em seguida por uma filtragem de informações, comunicando-se com os diferentes sistemas da empresa, tais como sistema de gestão, sistema de relacionamentos com clientes, sistemas de suprimentos, sistema de identificação eletrônica de animais, entre outros. Esses sistemas conseguem localizar em tempo real os estoques e mercadorias, as informações de preço, o prazo de validade, o lote, enfim, uma gama de informações que diminuem o processamento dos dados sobre os produtos quando encontrados na linha de produção.

A figura explica o diagrama esquemático básico de todos os sistemas de RFID.


Esquema do Sistema Básico de RFID
Fonte: http://www.hightechaid.com/tech/rfid/rfid_technology.htm


O RF Tag ou transponder responde a um sinal do interrogator (reader/writer/antena) que emite por sua vez um sinal ao computador. Sistemas RFID basicamente consistem em três componentes : Antena, Transceiver (com decodificador) e um Transponder (normalmente chamado de RF Tag), este último é composto por uma antena e um chip eletronicamente programado com uma determinada informação.


O RFID

RFID (Radio Frequency Indentification), ou Identificação por Radiofreqüência, é uma tecnologia sem fio (wireless) destinada à coleta de dados. Tal qual o código de barras, o RFID faz parte do grupo de tecnologias de Identificação e Captura de Dados Automáticos. Seu surgimento remonta há várias décadas, mas o crescimento massivo de seu uso vem se percebendo nos últimos anos, em especial pelam redução do custo de seus componentes.

A necessidade de captura das informações de produtos que estivessem em movimento incentivou a utilização da radiofreqüência em processos produtivos. Juntou-se a isso a necessidade de utilização em ambientes insalubres e em processos que impediam o uso de código de barras. Essa tecnologia facilita o controle do fluxo de produtos por toda a cadeia de suprimentos de uma empresa, permitindo o seu rastreamento desde a fabricação até o ponto final da distribuição.

Esta tecnologia desencadeia uma revolução que no futuro será a base para uma nova realidade na identificação de produtos, com impacto direto nos processos logísticos de toda a cadeia de abastecimento, seja na fabricação, no controle de estoque ou na compra e venda destes. Com esta tecnologia, a transmissão das informações de cada produto é feita por antenas e etiquetas de radiofreqüência.

A identificação por radio freqüência ou RFID, é um termo genérico para as tecnologias que usam as ondas de rádio para identificar automaticamente pessoas ou objetos. Daí diversos métodos da identificação, mas o mais comum é armazenar um número de série que identifique uma pessoa ou um objeto, ou outra informação, em um microchip. Tal tecnologia permite a captura automática de dados, para identificação de objetos com dispositivos eletrônicos, conhecidos como RF tag ou transponder que emitem sinais de radiofreqüência para leitores ou antenas, que captam estas informações.

A RFID não é simplesmente um substituto do código de barras, é uma tecnologia de transformação que pode ajudar a reduzir desperdício, limitar roubos, gerir inventários, simplificar a logística e até aumentar a produtividade.


quarta-feira, 14 de março de 2007

O Miron Logistikos

Trata-se de um sistema de controle logístico, utilizando a tecnologia emergente do RFID, visando trazer agilidade e praticidade no recebimento, armazenamento e envio de mercadorias. Disponibilizando para seus clientes em tempo real informações sobre o seu produto.

A Origem do Nome

Ao buscarmos um nome para o nosso sistema, procurávamos por um nome forte com personalidade, algo diferente do que vemos hoje em dia nos sistemas existentes.

Foi então, que descobrimos "Miron", famoso escultor grego da antiguidade, conhecido por seu incrível controle com as mãos. Já que Miron é o nome de um grego, decidimos traduzir logística para o grego virando então "Logistikos". Miron representa controle e Logistikos quer dizer logística.

Foi assim que criamos o Miron Logistikos - Sistema de Controle Logístico